sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Racionalidade até que ponto?

Certo dia, estava a conversar com uma pessoa sobre cinema. Essa pessoa me disse em tom de ironia: "sabe o que eu acho Lidiana? Acho que você se vê nos filmes que você assiste". Eu respondi que sim, que era exatamente isso que acontecia. A pessoa se voltou para mim e me disse categoricamente: "desse jeito você não vai conseguir ser pesquisadora! E já que você quer tanto seguir a carreira acadêmica..."
Confesso que aquilo mexeu comigo. Comecei então a questionar tudo aquilo que eu gostava, este comentário me abalou tanto ,que de repente, as coisas nas quais eu acreditava e sonhava começaram a não fazer mais sentido algum.
Pois bem, não se pode fugir da nossa essência. A arte sempre teve grande relevância em minha vida, e tudo que eu gosto, músicas, poesias, filmes, livros, pinturas, todo esse universo nada mais é que fragmentos da minha personalidade. E como eu me culpo por ter tentado fugir disto quando ouvi este infeliz comentário!
Mesmo sendo pesquisadora, penso que deve existir identificação, isso não é um defeito, mas sim uma qualidade. Afinal, não devemos nos identificar com aquilo em que acreditamos? E acima de toda e qualquer racionalidade é preciso ter paixão. Ora, eu acredito que grandes teorias que temos hoje, foram desenvolvidas com muita paixão e identificação. Os estudiosos se viam em seus projetos, e não havia como fugir.
Então meu amigo, não vejo nada de errado comigo. A arte está em todas as partes do meu corpo, e eu acredito incondicionalmente que ela me dará a inspiração necessária para desenvolver futuros projetos. Serei uma grande pesquisadora, pois, além do pensamento racional, tenho paixão, muita paixão!

Um comentário:

Eduardo Ferreira Dias de Souza disse...

Concordo em gênero, numero e grau!!! A primeira coisa necessária para se bem fazer algo é ter PAIXÃO por aquilo que se faz!!! Parabéns Lidiana por pensar assim, viver assim e ser apaixonada assim!!! Continue nesse belo caminho rumo a grandeza querida!!!