Agora estou me perguntando se não sou mesmo a menina que foi humilhada na infância por causa do peso. Ela teima em aparecer, e em momentos assim não sei o que fazer comigo mesma, tento fazer com que ela desapareça, mas as vezes ela esta lá no espelho, quando me olho, quando olho para o meu corpo e vejo que preciso emagrecer mais.
Há dias em que me sinto tão segura com minha imagem, já em outros, sinto que ainda tenho 9 anos de idade, e aquele pensamento derrotista que me acompanhou por décadas, insiste em aparecer.
Todos já dizem que estou magra demais. E por que não me sinto assim? Por que insisto em acreditar que não emagreci absolutamente nada, e mais ainda: por que tento me fazer de forte, quando na verdade ainda sinto os efeitos daquelas humilhações vivenciadas no passado?
Não sei as respostas. Pensei ter encontrado, mas eu estava enganada.
Eu sou uma bagunça, um paradoxo entre a realidade e insanidade. E para onde devo seguir?
Um comentário:
Lidiana, quero e preciso muito dizer-te uma coisa: "ACREDITO EM VOCÊ!!!" E digo isso porque verdadeiramente vejo você, as vezes seu dia a dia, e com isso me convenço plenamente de toda sua capacidade, de o quanto você é uma pessoa arrojada, determinada, altiva, e principalmente, que sabe o que quer. E digo porque acredito que acima de tudo queres liberdade para voar alto. Mas outra coisa é certa, você também é frágil, mesmo com toda essa força, tens momentos de fragilidade necessitando de carinho, socorro, colo. Acredito que você a cada dia amadurece mais e a cada dia que passa fica mais preparada para encarar os vários obstáculos que a vida ainda oferece, mas, mesmo assim, haverão momentos de fragilidade. Por isso digo e repito: ACREDITO EM VOCÊ... E vais sim VENCER! Você mulher é assim, uma mescla de força e fragilidade, de certezas e dúvidas, de tristeza e felicidade. Você é assim mulher... ACREDITO, ACREDITO, ACREDITO...
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