quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Incerteza


Não sei o que escrever. Há muito tempo me sinto assim, sem saber o que há dentro do meu coração, da minha cabeça. Tudo parece estar vazio...
Tantas coisas aconteceram em um prazo muito curto de tempo. Vivenciei dois extremos de situações distintas: de um lado, minha formatura que foi uma grande conquista para mim, e por outro lado a perda de um ente querido. Qualquer que seja o sentimento, viver assim no extremo sempre traz um desgaste muito grande seja físico ou emocional. E eu me sinto assim: completamente esgotada.
Nas duas últimas semanas tenho vivido na mais completa incerteza, não sei como as coisas serão de agora em diante, não me sinto segura em nenhum âmbito da minha vida tudo parece estar na mais completa obscuridade e inércia porque também não vejo perspectivas de melhoras.
Nada é permanente. Nada permanece. A única coisa que permanece é a saudade, saudade de tempos que se foram, de coisas que ainda não foram vividas, de pessoas que nunca mais veremos.
É só saudade...

4 comentários:

Elber Corrêa disse...

Lidiana,


Realmente este turbilhão de emoções acaba nos tirando do eixo, desiquilibrando. Mas também edifica.
Nada a meu ver, supera a dor de uma perda, mas mesmo estas lembranças que hoje parecem nos trazer mais dor, nos trará, em seu tempo boas lembranças.
Guarde contigo as lembranças, tire um tempo para você, para os amigos e, se possível for, para a natureza - esta é ótima companhia quando as palavras já não fazem mais sentido.


Beijo enorme.
Tico

José Silmarovi Jr. disse...

Olá Lidi... sei como estas coisas afetam. Sei bem disto, pois já experimentei por muito tempo também esta sensação de viver nos extremos.

Tanto que me identifico muito com uma frase de Clarice Lispector: "...minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos."

Mas teje certa de que todo este sentimento de incerteza é igual uma nuvem que passa. As coisas virão... Mas o melhor conselho que posso te dar, e baseado em muitas experiências é: viva um dia de cada vez e viva com ternura. As coisas hão de se ajeitar.

Grande beijo pra ti minha doce e linda amiga.

Hanna disse...

Obrigada meninos! Significa muito para mim cada palavra, isso é um incentivo e tanto...
Beijo grande!

Eduardo Ferreira Dias de Souza disse...

Lidiana, posso dizer que essa fase que estás vivendo é sem sombra de dúvidas difícil. A alegria da conquista, mas que vem acompanhada das incertezas de um futuro que está ali na frente esperando para ser construindo, que pode vir com dificuldades, quedas, mas que virá seja lá como for, mas nesse caso o importante são aquelas pessoas que temos ao nosso lado a nos apoiar, que estarão sempre ali independente da situação. Só por esses fatores já seria uma grande piração, mas aí vem o golpe duro da perda. E que perda. A dor de se olhar para o lado e pensar que aquela pessoa que tanto se ama não estará mais lá. Confusão, tristeza profunda, incertezas aumentadas e distorção de tudo de bom que se sentiu. Saudade apertando o peito e o coração pequeno. O medo do futuro quadruplica mas o que fazer se não continuar? Mas como bem dito o tempo com sua brisa cicatrizante vai fechar a ferida aberta. Com o tempo conseguira olhar para o lado e essa saudade que corrói tornar-se-a aquela saudade que traz consigo as boas lembranças desses bons tempos. Uma lágrima poderá até rolar, mas com ela também o sorriso em saber que você viveu momentos bons com aquele que se foi. E que bom que a saudade existe, sem ela seriamos como o metal frio... e por fim, também para esse momento, poderás contar com aqueles que estão sempre ao seu lado, com o ombro, o colo, o coração sempre aqui pra você, independente da condição ou situação...