Bem, aqui estou eu tentando escrever novamente. Mas, confesso que está difícil porque as idéias não fluem, parece que algo sugou minha inspiração, minha coragem. Ah! Não sei, sinto-me vazia e sem grandes perspectivas.
Continuo passeando com muita facilidade nas emoções, ora de um jeito, ora de outro, feliz,triste, bonita, horrenda, gorda, magra, e vou vivendo assim sem entender direito a razão disso.
Mas, eu também cansei de ficar procurando respostas pra tudo. Sou assim e pronto. Não há como fugir, é a minha essência, minha personalidade, talvez a minha natureza seja composta por essa insatisfação e instabilidade que às vezes nem eu mesma sei como lidar.
A questão é que eu não quero mais me perguntar o motivo de sentir isso ou aquilo, se é assim que eu sou, que eu aprenda a usar isso ao meu favor. Assim como disse Goethe: "faça de sua dor um poema". Ao ler essa frase, senti como se tivessem dado uma bofetada no meu rosto.
E deixa pra lá. Já nem sei mais o que escrever!
4 comentários:
Amiga, cada ser é único, com suas imperfeições, qualidades e defeitos e todos tem sua missão.
Nós somos quem somos, podemos limar as arestas e tentarmos ser melhores, mas a essência será sempre a mesma...
Já sabes onde me encontrar para o que precisares.
Muita paz no seu coração.
=*
Mile, uma das melhores coisas que me aconteceu foi ter conhecido você.
Obrigada por suas palavras tão carinhosas e doces.
Te adoro muito!
Beijos!
Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Carlos Drumond de Andrade
Lili,(espero que eu possa de chamar assim)vc escreve bem, diferentemente do moderador,(o que segura o martelo com prazer) achei muito interessante o seu texto, todos nós sentimos essa 'confusão sentimental' e tentar explicá-las ou desvendá-las é complicado e as vezes não ajuda só confude mais, enquanto a frase do Goethe, não liga não, ele adorava ser um vassalo da nobreza e do clero, como diria Beethoven ao próprio Goethe são os reis que têm que se curvar a nós.
Tchauzinho
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