sábado, 31 de janeiro de 2009

Bem, aqui estou eu tentando escrever novamente. Mas, confesso que está difícil porque as idéias não fluem, parece que algo sugou minha inspiração, minha coragem. Ah! Não sei, sinto-me vazia e sem grandes perspectivas.
Continuo passeando com muita facilidade nas emoções, ora de um jeito, ora de outro, feliz,triste, bonita, horrenda, gorda, magra, e vou vivendo assim sem entender direito a razão disso.
Mas, eu também cansei de ficar procurando respostas pra tudo. Sou assim e pronto. Não há como fugir, é a minha essência, minha personalidade, talvez a minha natureza seja composta por essa insatisfação e instabilidade que às vezes nem eu mesma sei como lidar.
A questão é que eu não quero mais me perguntar o motivo de sentir isso ou aquilo, se é assim que eu sou, que eu aprenda a usar isso ao meu favor. Assim como disse Goethe: "faça de sua dor um poema". Ao ler essa frase, senti como se tivessem dado uma bofetada no meu rosto.
E deixa pra lá. Já nem sei mais o que escrever!

4 comentários:

Mile disse...

Amiga, cada ser é único, com suas imperfeições, qualidades e defeitos e todos tem sua missão.
Nós somos quem somos, podemos limar as arestas e tentarmos ser melhores, mas a essência será sempre a mesma...

Já sabes onde me encontrar para o que precisares.

Muita paz no seu coração.

=*

Unknown disse...

Mile, uma das melhores coisas que me aconteceu foi ter conhecido você.
Obrigada por suas palavras tão carinhosas e doces.
Te adoro muito!
Beijos!

william disse...

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Carlos Drumond de Andrade

Anônimo disse...

Lili,(espero que eu possa de chamar assim)vc escreve bem, diferentemente do moderador,(o que segura o martelo com prazer) achei muito interessante o seu texto, todos nós sentimos essa 'confusão sentimental' e tentar explicá-las ou desvendá-las é complicado e as vezes não ajuda só confude mais, enquanto a frase do Goethe, não liga não, ele adorava ser um vassalo da nobreza e do clero, como diria Beethoven ao próprio Goethe são os reis que têm que se curvar a nós.
Tchauzinho