domingo, 8 de novembro de 2009

Onde está a porra da igualdade?


Certa vez estava conversando com uma amiga, e ela me contou sobre um encontro que ela teve com uma pessoa. Ela dizia que tinha adorado que era um cara muito agradável e charmoso, mas queria somente sexo. Imediatamente eu perguntei como ela poderia ter tanta certeza assim, afinal, eu sou daquelas que ainda acredita que as pessoas podem nos surpreender. (No bom sentido)
Minha amiga categoricamente me disse que os homens não levam à sério uma mulher que tem relações no primeiro encontro, que eles só querem sexo mesmo, e depois somem. O que mais me impressionou nesta conversa, foi o tom de conformismo utilizado, houve um momento em que ela chegou a afirmar: “no início eles são todos românticos, mas isto é só pra levar agente pra cama, depois somem. É sempre assim, eu não me iludo.”
Não, eu não acredito em príncipe encantado, mas pensar que este tipo de atitude provinciana ainda existe, me deixa realmente muito frustrada. Afinal, a mulher lutou durante anos para ter uma certa “igualdade”, e mesmo depois de lutas e conquistas, em pleno século XXI, ainda temos homens que mais parecem ter saído das cavernas, e ousam julgar uma mulher que se permite sentir prazer, que quer apenas ter a mesma “liberdade” que o homem tanto preza. E o fazem de forma vil, distinguem as mulheres “pra casar”, e as “que são só pra sexo.”
Tal distinção me faz pensar que nós mulheres ainda temos muito pelo o que lutar. E aí, me vem à mente um pensamento que já se tornou clichê, mas nem por isto deixa de ser verdadeiro. O homem que “pega” uma mulher no primeiro encontro, é erroneamente chamado de conquistador, já a mulher, se ela fica com um homem nestas circunstâncias, é porque ela não passa de uma qualquer, (pra não dizer outra coisa).
Pior ainda foi ter que escutar desta amiga, que para ser levada à sério, é preciso se fazer de santa. Enoja-me este tipo de hipocrisia! Sexo é uma necessidade fisiológica do nosso organismo, então, para que tratá-lo como se fosse algo permitido somente aos homens? Por que as pessoas teimam em colocar certos tabus, em uma coisa tão natural e instintiva quanto uma relação sexual?
Eu não sou a favor da banalização, independente de ser homem ou mulher. O que não suporto é a imbecilidade, a estupidez.

3 comentários:

Eduardo Ferreira Dias de Souza disse...

Lidiana, quero dizer a você que admiro-te demais! Você tem mostrado em seu blog, através de desabafo, textos, músicas, poesias, uma mulher forte, diferente e que luta por aquilo que deseja, esse seu inconformismo com relação a igualdade entre homem e mulher, nos mostra que você mulher pensa e quer sim fazer a diferença! Gostaria de dizer ainda, que concordo com você em gênero, numero e grau. Temos de parar com essa porra de hipocrisia que a sociedade machista impõe! Parabéns!!! Admiro-te cada dia mais!!!

Mile disse...

É amiga infelizmente as coisas só mudaram de nome, a guerra dos sexos, o machismo e a eterna luta da mulher para conseguir seu merecido lugar na sociedade estão longe de acabar.
Mas o importante é não se conformar e achar que as coisas são assim mesmo.

Anônimo disse...

"Desejo o medo. Desejo o que há entre o céu e o inferno, para que assim eu possa me sentir outra vez um justo do amor. Desejo o teu calor, desejo sentir o teu peso em mim, desejo minha boca a engolir a tua. Desejo ser impuro. Desejo ser contraditório aos que dizem nada saber aqueles que amam. Desejo jurar amor eterno. Desejo sentir o mais profundo e doce dos sentimentos. Desejo sentir tudo novamente, assim como da primeira vez, pois, precisei dos teus suspiros todas as noites, todos os momentos em que pensei em ti. Precisei dos teus braços a me envolver. Precisei dos teus gemidos, do teu orgasmo dilacerante.
Estivestes sempre em meus mais soturnos devaneios, onde nada parecia ter fim, onde o que nos restava era o prazer insaciável. Meu mundo era um mundo de infindáveis loucuras, de canções e descobertas magníficas, até eu despertar, descobrir e arrepender-me por ter conhecido o que é amar, já que sem o amor tudo parece tão mais amargo e fatigante do que é de fato. Sem o amor, é como se mesmo na primavera o manto negro insistisse em cobrir o sol que aquece minh'alma, deixando-me assim inteiramente envolvido com o escuro. Então, entreguei-me ao medo, às injúrias secretas e tranquei meu coração para mantê-lo livre das dores, mesmo sabendo que fui um perdedor, por tê-lo feito, nada farei para mudar.
Joguei-me nas mais profundas mágoas dos meus pensamentos, tentando inutilmente afogar-me no receio de despertar outra vez. Decidi viver preso em meu próprio abismo, mas, outra vez e sempre voltarei à superfície...
Nunca esquecerei o que é amar! Hoje sei distinguir o amor de suas conseqüências. Sendo assim: mata-me de amor. Afoga-me no mais profundo prazer. Tortura-me a gosto... e... abusa do meu sexo!"