quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dualidade


De um lado a menina que mora na caixa fria e escura. Do outro, a leoa capaz de enfrentar qualquer batalha para defender e conseguir aquilo que acredita. É assim: duas mulheres em um só corpo, dividindo o mesmo coração, mas com emoções distintas, desejos e sentimentos que não têm absolutamente nada em comum. E não há nada para ser entendido. Não se trata de uma expressão numérica que precisa ser entendida e resolvida, trata-se de uma mulher que chora, ri, tem seus dias de fúria, pode ser suave como um piano e estridente como uma guitarra, não sente medo de expressar seus sentimentos mais profundos e suas feridas abertas. Hoje se sente bem, amanhã não se sabe. Vive assim nos extremos das relações, dos sentimentos. Vive de forma intensa porque sua existência é complexa demais para se contentar apenas com o que é possível e permitido.

Um comentário:

Eduardo Ferreira Dias de Souza disse...

Nunca vi uma palavra definir tão bem uma pessoa! Nunca vi um post definir tão bem alguém assim!!! Mas tem uma coisa que não disseste: as duas, a menina da caixa fria e a mulher/leoa capaz de enfrentar qualquer batalha são igualmente brilhantes. Isso ela tem em comum!!! Essa característica está presente nas duas!!! Essa sua dualidade é brilhante e como você bem disse é complexa, mas, faz parte de você e faz com que seja mais que unica, faz que sejas como um diamante raríssimo só visto uma ou duas vezes nessa longa existência. E é isso as duas se unem-se e juntas fazem com que essa mulher que é duas, não se contente com a simples existência!!! És unica! Duas, mas unica...