segunda-feira, 23 de maio de 2011

O grito

Hoje ela queria ouvir essa canção. A música representava o grito que ela sempre quis soltar, mas nunca conseguiu. Ficou atravessado na sua garganta por anos, e agora é como se finalmente a voz começasse a sair, e o vídeo era a representação fiel do que havia se tornado sua vida...



Você quer me adoentar
Você quer lamber minhas feridas
Não quer, meu bem?
Você quer a medalha de honra quando salva meu couro
Mas você é aquele no caminho
Do dia de destruição, meu bem
Se você precisar da minha vergonha para reclamar seu orgulho

E quando eu penso nisso, meus dedos se tornam punho.
Nunca fiz nada para você, homem.
Mas não importa o quanto eu tente
Você me atingirá com suas amargas mentiras
Então me chame de louca, me agarre.
Me faça chorar, saia agora, meu bem
Não demorará até que você esteja
Caindo, flácido, nas suas próprias mãos.

Você alimenta a fera que tenho dentro de mim
Você balança a bandeira vermelha. Meu bem, você a faz correr, correr, correr.
Das linhas secundárias, se balançando e sorrindo maliciosamente.
Você afaga meu gatilho e culpa minha arma

E quando eu penso nisso, meus dedos se tornam punho.
Nunca fiz nada para você, homem.
Mas não importa o quanto eu tente
Você me atingirá com suas amargas mentiras
Então me chame de louca, me agarre.
Me faça chorar, saia agora, meu bem
Não demorará até que você esteja
Caindo, flácido, nas suas próprias mãos.

Fiona Apple

Um comentário:

Eduardo Ferreira Dias de Souza disse...

Esse grito da Hanna é forte, intenso e creio eu que LIBERTADOR! Ela guardou por anos sentimentos como asco, raiva, decepção contra aqueles que um dia prometeram companheirismo, amor e muito mais! Eles a enganaram, ela grita... com razão grita! Lindo!!!