segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Diário


Naquela noite, Hanna sentia-se mais perdida do que de costume. Era como se algo quisesse sair de dentro dela, não tinha certeza se era um grito, um palavrão, não sabia ao certo. Só sabia que se encontrasse um jeito de extravasar esse sentimento se sentiria mais aliviada.
Pegou seu diário, há muito tempo ele esteve guardado porque Hanna não conseguia escrever. Algo muito grande a impedia. Pensou em uma série de conjecturas: descrença, desesperança, incorformismo, inércia.
Tudo o que sabia é que embora fossem conjecturas, Hanna podia experimentar cada um desses sentimentos com uma intensidade incomum. Mergulhava em cada sensação e por vezes pensava que iria se afogar nos próprios devaneios.
Pegou o diário. Não tinha ideia do que escreveria. "Que sejam apenas rabiscos", pensava consigo mesma na esperança de que tais rabiscos aliviassem seu coração.
Escreveu a seguinte frase:

"Querido diário, chego à conclusão de que não pertenço a esse mundo!"
Era tudo que conseguia escrever, era o que sentia. O misto de sentimentos continuava a incomodá-la. Essa seria mais uma longa noite...

Um comentário:

Eduardo Ferreira Dias de Souza disse...

Hanna conclui que não pertence a esse mundo pois é diferente, Hanna tem desejos e anseios que poderiam levá-la onde ninguém pode imaginar! Hanna realmente não é desse mundo! Hanna precisa voar! Parabéns pelo post!!!