domingo, 5 de junho de 2011

A redescorberta do prazer


Uma das amigas de Hanna havia telefonado convidando-a para sair. Hanna aceitou de imediato e logo pensou: "hoje não quero saber, vou aproveitar a noite e beber o quanto conseguir."
Hanna se produziu, vestiu um vestido preto curto e decotado que deixava à mostra partes de seu corpo, saltos altos, batom vermelho. Naquela noite ela se sentia sensual e bonita. Naquela noite Hanna se sentia bem.
Era sábado e a rua estava movimentada, as duas amigas andaram e se sentaram em um dos barzinhos mais badalados da cidade. Pediram logo uma cerveja, os homens olhavam com desejo e medo ao mesmo tempo, afinal, eram duas mulheres bonitas e "independentes" bebendo sem se importarem com absolutamente nada.
Não demora muito e Hanna começa a fumar desgovernadamente. Se sentia uma atriz dos anos 40: sexy e glamorosa. E a visão era realmente sexy: uma mulher com um vestido preto, pernas cruzadas, segurando um cigarro com seus dedos, unhas vermelhas e olhar superior.
Alguns minutos depois de se sentarem ali, Hanna é abordada por um homem. Estatura média, porte atlético e loiro. Visualmente não era atraente, mas sabia conversar e seduzir uma mulher. A essas alturas Hanna já estava sobre efeito da bebida e apenas se deixou levar. Ele ofereceu para as levarem para casa, mas quando estavam a sós, disse para Hanna que queria levá-la para outro lugar. "Tá querendo trepar e vai me levar para um motel, pelo menos esse pergunta se quero ir" - pensou consigo.
- Ok, vamos. Disse Hanna não se importando com nada e já sabendo para onde iria.
Ele a olha com satisfação. Para a surpresa de Hanna, ele a leva para um restaurante que ela não conhecia, era um lugar tranquilo, apenas as velas iluminavam o local e só estavam ali casais de namorados.
Ele puxa a cadeira para que ela se sente, Hanna acha tudo estranho, não estava acostumada, e sentiu vontade de rir. Eles pedem vinho, conversam, dão risada e quando menos ela espera, o homem a beija. Era um beijo diferente, quente e terno ao mesmo tempo, e sem pensar, Hanna se entrega àquele beijo, àqueles braços.
Quando abrem os olhos o homem lhe diz:
- Vamos sair daqui?
Ela sabia o que aquilo significava, e apenas disse sim. "Se é isso que ele qnuer, eu também quero, então vamos acabar logo com isso" - era sua voz interna gritando na sua cabeça.
Foram para um motel. Hanna desce do carro e começa a se despir ali na garagem mesmo. O homem quando vê a cena, corre para os braços da mulher semi-nua, surpreendentemente ele consegue ser ainda mais carinhoso. Hanna é carregada no colo, levada para o quarto e deitada cuidadosamente na cama.
Tudo isso fazia-a pensar que estava sonhando, estava bêbada demais e aquilo não passava de uma alucinação. Nenhum homem tinha sido tão carinhoso.
Ele pega seus braços e vê as cicatrizes, Hanna tenta tirá-los, mas ele beija cada cicatriz sem fazer qualquer pergunta. Acaricia seus cabelos, sussurra que ela é linda, beija seu pescoço com uma suavidade jamais sentida.
Os seios de Hanna estavam descobertos e ele os segura com firmeza, beijando e passando a língua em seus mamilos que já estavam pontiagudos por causa do prazer. Ele deixa Hanna completamente nua, e passa a mão por todo seu corpo, era uma sensação diferente, era como se ela estivesse sendo adorada como alguma divindade.
Os beijos continuam, dos seios ele vai para a barriga até chegar no sexo. Não poderia existir nada melhor, Hanna se contorcia e gemia, já não era mais dona de si, seu corpo estava totalmente entregue àquele desconhecido, ele sabia como e onde tocá-la, estavam na mais perfeita sintonia, cada um sabia como dar prazer ao outro.
Hanna então tem seu primeiro orgasmo. Um orgasmo como há muito não tinha, e ainda entorpecida pelo prazer, o homem a penetra e mesmo com o corpo cansado e sensível, Hanna ainda sente prazer e não demora muito para que outro orgasmo aconteça. Dessa vez juntos, no mesmo ritmo, na mesma intensidade.
Os dois dormem e no dia seguinte ela o acorda para irem embora. "É isso mesmo que ele vai fazer agora, é melhor que eu peça primeiro" - pensou antes de acordá-lo.
O homem acorda e a cobre de beijos dizendo:
- Passa o dia comigo hoje?
Hanna lança um olhar cético, mas responde mesmo assim:
- Tá bem, eu passo.
Entraram no carro e saíram sem destino. Ela não se importava, só pensava no prazer que conseguiu ter, e que naquele dia ela teria outros.

Um comentário:

Eduardo Ferreira Dias de Souza disse...

Tenho apenas uma coisa a dizer: Homens leiam e aprendam! Mulher independente da situação, se trata como deve ser! Parabéns Lidiana pelo belíssimo post